Saiba os impactos do endividamento na vida e entenda como isso mexe com a saúde mental da vida dos brasileiros hoje.

Você sabia que o estado de endividamento na vida pessoal do brasileiro registrou, em 2017, um patamar histórico? Pois é, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), 6 em cada 10 famílias entrevistadas disseram estar endividadas!

E não para por aí. Entre as 18 mil pessoas que participaram da pesquisa (realizada em todas as capitais do país), 25% informaram estar inadimplentes e 10% afirmaram não ter condições de quitar as próprias dívidas.

Como resultado, muita gente endividada tem sido afetada emocionalmente — essa última conclusão foi tirada por outra pesquisa, que traduziu em números os efeitos negativos do endividamento na vida da população.

Então, diversos problemas pessoais e familiares têm atrapalhado a tranquilidade das pessoas que possuem muitas dívidas, como alterações de apetite, vergonha da condição de inadimplente, infelicidade contínua, medo de não conseguir quitar os débitos, nervosismo, desespero, queda na autoestima, insônia, entre outros.

Para combater esses desvios da emoção causados pelo endividamento na vida pessoal e familiar, neste post apresentamos uma breve reflexão sobre alguns desses problemas e uma maneira simples e eficiente para lidar com cada um deles. Confira!

Superando a vergonha da dívida

A nossa vida é uma grande escola, em que lições são ensinadas a todo o tempo. Sendo assim, a felicidade não diz respeito à ausência de perdas e frustrações, mas sim à capacidade de aprender e dar a volta por cima.

Em muitas ocasiões, pessoas que obtiveram grandes realizações na área financeira viram-se desesperadas e intimidadas pela falta de recursos e de apoio dos demais, mas isso não as impediu de prosperar.

Ninguém, então, deve ter vergonha de dever, afinal, essa é uma condição — como falamos acima — que atinge a maioria da população nacional. Se você tem uma dívida (em dia ou não), não tenha vergonha dela! Com tantas pessoas endividadas no país, é provável que a pessoa de quem você tem vergonha também esteja endividada, e às vezes com um compromisso bem maior que o seu.

A timidez que acomete as pessoas em momentos como este é uma manifestação puramente mental. É como se a vergonha fosse apenas um inimigo imaginário que, se for ignorado, pode ser derrotado rapidamente.

Resolvendo os impactos do endividamento na relação familiar

Os problemas que vem sobre a vida familiar, quando achamos que não tem mais saída para nossas dívidas, não devem ser encarados como obstáculos impossíveis de serem superados, mas sim como um alerta para tomarmos uma mudança de direção.

Mudar alguns hábitos e adotar um plano em momentos difíceis no convívio familiar exige paciência e clareza sobre a situação, a fim de que boas alternativas sejam encontradas.

Mesmo diante de situações como desemprego e doença — que tendem a piorar os efeitos emocionais do endividamento —, as pessoas envolvidas necessitam refletir principalmente sobre os meios possíveis para vencer tais obstáculos, e não apenas sobre suas consequências negativas.

Para resolver problemas desse tipo, você e sua família podem pensar algumas medidas práticas sobre como aumentar a renda da casa e economizar nas contas do mês. Ao mesmo tempo, vocês podem ver a possibilidade de contrair um empréstimo pessoal para negociar as pendências atuais e concentrar toda dívida em um único credor.

Quando a família age junta e toma decisões junta, suas forças se multiplicam. Dessa forma, nem dívidas, nem problemas emocionais e nem físicos são capazes de impedir os avanços!

Deixando a insônia para trás

Entre os principais problemas causados pela preocupação excessiva com as contas a pagar está a insônia. Ela chega silenciosamente, sem a gente perceber, e causa transtornos sérios, dificulta o nosso trabalho, trás irritação, angústia, problema de atenção, bloqueio da inteligência etc.

De acordo com a primeira pesquisa citada no começo do texto, as dívidas que mais preocupam os brasileiros são:

  1. cartão de crédito;
  2. carnês em geral;
  3. crédito pessoal;
  4. financiamento de carro;
  5. financiamento de casa;
  6. cheque especial;
  7. crédito consignado;
  8. cheque pré-datado;
  9. utras dívidas.

Pense comigo agora: diante de um endividamento elevado, o que fazer quando parece que não existe uma luz no fim do túnel?

Nessas situações, é preciso considerar que existe sim uma solução, mas o estado emocional abalado frequentemente impede que ela seja vista com nitidez.

Se percebermos isso, vale a pena compartilhar o sofrimento com uma pessoa mais experiente. Observando nossa situação de fora, a outra pessoa pode nos ajudar a refletir e colocar algumas ideias rapidamente em prática.

A pessoa em estágio avançado de insônia tende a refletir de maneira solitária e considerar apenas as impossibilidades. Isso, então, enfraquece o ânimo e bloqueia a vontade, levando inclusive à depressão.

Outra possibilidade para vencer a insônia está em aproveitar o tempo acordado para elaborar um plano (por escrito) que considere metas para o curto e médio prazo.

Nesse plano, devem ser calculadas todas as dívidas, e também toda a renda mensal disponível para sua quitação.

Se a renda for insuficiente, no plano deve constar uma data para ir atrás de uma negociação com os credores, a fim de honrar rapidamente os compromissos atrasados e regularizar de uma vez por todas a situação financeira.

Tão logo o plano já esteja pronto, mesmo antes de ser posto em prática, você já se sentirá mais motivado, seguro e, com certeza, conseguirá dormir melhor, deixando assim a insônia para trás!

Passando por cima da ansiedade e encontrando equilíbrio nas emoções

A ansiedade é um estado de tensão mental caracterizado por diversos sintomas, como pensamento acelerado e incontrolável, insônia, tontura, nó na garganta, dor no peito, pressão alta, enxaqueca e gastrite.

A pessoa com ansiedade e que identifica a origem desses problemas nas suas preocupações com as dívidas tem a oportunidade superar tudo isso rapidamente e sem grandes esforços.

Isso porque a ansiedade é causada por um desequilíbrio — não das contas pessoais, mas das emoções.

Pensar as próprias dívidas como uma mola para o progresso faz com que elas se tornem elementos importantes do seu desenvolvimento pessoal. O fato de algumas delas serem altas e estarem atrasadas é apenas uma situação temporária, que pode ser resolvida com negociação, trabalho, mudança de hábitos e reorganização das contas.

Decisões desse tipo vêm juntas com pensamentos positivos, motivação, desejo e satisfação pelas atividades do dia a dia. Aos poucos, o humor retorna, a beleza das flores passa a atrair novamente sua atenção, assim como o cheirinho de chuva e o doce cantar dos passarinhos.

Independentemente do tamanho da dívida, ela deve ser vista apenas como mais uma responsabilidade, e não como um furioso gigante destruidor. Poucas coisas resistem ao entusiasmo e à coragem do ser humano. Além disso, esse tipo de emoção positiva tem o poder de contagiar as pessoas ao redor e unir todas em torno de causas dignas.

Portanto, não importa qual o seu nível de endividamento na vida pessoal ou familiar; o que tem importância realmente é a sua capacidade (e a da sua família) de identificar a origem dos problemas financeiros, desenhar uma rota de saída e tomar atitudes coerentes e honrosas.

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