O seu salário parece não acompanhar o mês? Vai chegando o dia 25 e bate aquela ansiedade para que chegue logo o quinto dia útil! E esse desequilíbrio entre finanças e dias acontece para todos os tipos de assalariados — dos que recebem R$ 1.000 ou R$ 10.000. Todas essas pessoas têm o mesmo problema: […]

O seu salário parece não acompanhar o mês? Vai chegando o dia 25 e bate aquela ansiedade para que chegue logo o quinto dia útil!

E esse desequilíbrio entre finanças e dias acontece para todos os tipos de assalariados — dos que recebem R$ 1.000 ou R$ 10.000. Todas essas pessoas têm o mesmo problema: não fazem um orçamento mensal simples e objetivo.

Não entender como equilibrar seus gastos faz com que falte dinheiro ao fim do mês. Para reverter esse problema, a redação da Acordo Certo conversou com especialistas que dão dicas para você montar seu orçamento mensal. Confira!

O que é um orçamento mensal?

Orçamento é o conjunto detalhado daquilo que você ganha e gasta em um determinado período. Quando falamos de finanças pessoais, o ideal é que o controle de gastos seja mensal. Afinal, é quando a fatura do cartão vira e o tempo entre um salário e outro. 

Além de tudo, o orçamento mensal deve ser controlado diariamente. Sem essa atenção, você pode acabar gastando além do que deveria. 

Como fazer um orçamento mensal simples e objetivo?

Agora, você vai descobrir como fazer um orçamento mensal descomplicado. Pegue papel e caneta e vamos lá.

  1. Monte sua lista de gastos e ganhos
  2. Anote todos os gastos durante o mês
  3. Some e subtraia
  4. Tenha em mente seus objetivos
  5. Viva de acordo com seu orçamento
  6. Tenha um valor reservado para lazer e diversão
  7. Conte com o dinheiro do mês atual, e não do mês seguinte

1. Monte sua lista de gastos e ganhos

Ao montar seu orçamento mensal, você precisa listar todas as suas receitas (o que ganha) e despesas (o que gasta) com constância. O educador financeiro e especialista em finanças pessoais Guilherme Prado explica que faz o próprio orçamento com a ajuda de uma planilha.

“Primeiro eu coloco os meus ganhos: salário, venda de produtos, um trabalho freelancer ou qualquer outra renda recebida durante o mês. Logo abaixo, listo todas as minhas despesas. Nessa categoria eu escrevo primeiro as essenciais como água, luz, aluguel e internet. Consecutivamente, os meus gastos com assinaturas como Netflix e Spotify. Por último, custos com transporte, alimentação e lazer”, explica.

Com tudo listado, você já tem uma boa ideia de como equilibrar seus gastos mensais.

2. Anote todos os gastos durante o mês

Você fez seu orçamento mensal e já tem uma ideia de quanto dinheiro deveria sobrar ao pagar todas as despesas, mas chegou no dia 30 com um valor muito menor. Talvez você esteja deixando passar algum gasto, aparentemente inofensivo, mas que está levando seu dinheiro embora.

Da pizza de final de semana à ida ao supermercado, tudo deve entrar na sua planilha de orçamento mensal. Assim, mesmo que você decida continuar gastando da mesma forma, vai saber o valor real que deveria sobrar.

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  1. Aprenda 8 maneiras de economizar no supermercado
  2. Cartões de supermercado: conheça os 3 melhores

3. Some e subtraia

Depois de fazer sua lista, some todas as receitas e despesas e subtraia uma da outra. Por exemplo: você vai receber R$ 3.000 no próximo mês, mas terá R$ 2.500 de gastos. Então, devem sobrar R$ 500 “limpos”, certo?

Guilherme explica a importância de fazer essa conta. “Se eu somar todos os ganhos e subtrair as despesas, serei capaz de entender o meu padrão de consumo, a minha saúde financeira e de ter uma boa visão para construir metas de curto e longo prazo”, afirma.

Essas metas podem envolver aposentadoria, a viagem dos sonhos, um carro novo ou até o fim de uma dívida.

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  1. As 5 melhores dicas para sobrar dinheiro todo mês
  2. Vale a pena pedir um empréstimo para viajar?

4. Tenha em mente seus objetivos

Os gastos em curto prazo podem parecer mais interessantes porque trazem prazer imediato. Por isso, é preciso fazer seu orçamento pensando no porquê você deseja juntar esse dinheiro: trocar de carro? Quitar sua casa? ter um futuro mais tranquilo?

O importante é que esse objetivo seja importante e viável para você. Assim, a motivação para seguir com o orçamento é maior.

5. Viva de acordo com seu orçamento

Você provavelmente já conheceu aquela pessoa que vivia com um certo padrão de vida, recebeu um aumento e se encheu de dívidas. Parece contraditório, mas é o que mais acontece: essa pessoa vive um padrão de vida acima do que realmente tem.

Portanto, viva apenas com o que é coerente para seu padrão atual. Isso vai desde o supermercado em que faz compras à escola dos seus filhos, ao clube, ao seu plano de celular e aos restaurantes que frequenta. Será que não vale a pena repensar tudo para ver o dinheiro sobrar? 

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  2. Reserva de Emergência: Como montar?

6. Tenha um valor reservado para lazer e diversão

Não devemos viver apenas para trabalhar e pagar contas. Então, separe um valor do seu salário para diversão: cinema, ida à praia, teatro ou qualquer outro lazer que faça bem para sua saúde física e mental. O importante, claro, é respeitar esse limite.

Com uma reserva específica para distrações, a tentação de uma compra compulsiva fica muito menor.

7. Conte com o dinheiro do mês atual, e não do mês seguinte

Um problema que atrapalha a vida é contar com o dinheiro que você ainda vai receber. Por exemplo: você resolve comprometer o orçamento mensal para comprar um item mais caro, mas sabe que no mês seguinte vai receber um valor que supostamente vai ressarcir esse “rombo”.

O problema é que, assim, você não consegue viver com o dinheiro que tem, porque está sempre pensando no que virá. Dessa forma, acaba começando o mês sempre com mais uma dívida. 

Além disso, imprevistos acontecem: se você trabalha com prestação de serviços, sabe que nem sempre o cliente paga no dia combinado. Então, não comprometa seu orçamento mensal se não for por um motivo muito sério.

O que fazer com o dinheiro que sobra?

Contas pagas, disciplina e, finalmente, o dinheiro sobrou! Se você quer alcançar aquele objetivo, precisa saber como guardar esse dinheiro. Existem diversas formas de fazer seu dinheiro render, mas vamos abordar brevemente as três mais simples:

  1. Poupança
  2. Certificados de Depósitos Bancários (CDBs)
  3. Tesouro Direto

Poupança

A poupança é o tipo de investimento mais fácil: com o aplicativo do banco, você aplica e retira o dinheiro em questão de segundos. No entanto, é também o menos rentável, mas com maior liquidez.

Veja também: Poupança Social Digital (Caixa Tem): Entenda o que é, como funciona e quanto rende 

Certificados de Depósitos Bancários (CDBs)

São títulos de renda fixa (com regras de pagamento fixas no momento da aplicação) emitidos por bancos. Comprovadamente seguros, não têm perda de rentabilidade caso você os resgate antes do vencimento. Contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos para valores de até R$ 250 mil.

Tesouro Direto

Os títulos do tesouro direto funcionam de maneira semelhante aos CDBs, com a diferença de que, em vez de bancos, é o Estado quem os emite. Basicamente, é como se você estivesse emprestando dinheiro ao governo. Então, na hora do vencimento, ele paga o valor acrescido de juros (ou seja, de um dinheiro além do que você investiu iniciamente).

Fácil e seguro, o tesouro direto tem liquidez diária, mas cobra IOF caso o resgate seja feito em menos de 30 dias.

Pronto para começar a fazer seu orçamento mensal? Tem mais alguma dica? Deixe aqui nos comentários!

FAQ: perguntas frequentes

Como criar um orçamento mensal?

Aqui estão os passos para criar seu orçamento mensal: monte sua lista de gastos e ganhos, anote todos os gastos durante o mês, some e subtraia os recebidos e os pagos, tenha em mente seus objetivos, viva de acordo com seu orçamento, tenha um valor reservado para lazer e diversão, conte com o dinheiro do mês atual e não do mês seguinte.

Como organizar os gastos mensais?

Para começar a anotar e organizar os gastos mensais, primeiro anote todas as suas fontes de renda e organize os tipos de gastos do seu mês, categorizando em despesas fixas e variáveis.

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