Se não sabe quanto entra e quando sai de dinheiro na sua conta, pode ser que você esteja passando por desorganização financeira. Entenda mais.
No Brasil, segundo dados de birôs de crédito, mais de 72 milhões de pessoas estão inadimplentes, ou seja, fizeram dívidas e não conseguiram honrar seus compromissos, ou seja, são desorganizadas financeiramente.
Se você faz parte desse grupo ou está perto de ingressar nele, confira nossas dicas e afaste esse problema financeiro da sua vida de uma vez por todas!
O que é desorganização financeira?
De maneira bastante simples podemos conceituar a desorganização financeira como a falta de controle das próprias contas.
Muitas pessoas não sabem, por exemplo, dizer quanto dinheiro entrou em sua conta no banco porque parte dele já foi utilizado para tapar o buraco do cheque especial que foi utilizado no mês anterior. Algumas vezes o salário nem chega a entrar por completo na conta porque parte já ficou “retida” por algum empréstimo consignado.
Depois de receber, quem não sabe como gasta seu dinheiro também é desorganizado e mostra descontrole financeiro.
Faça as seguintes perguntas para você mesmo:
- Quais são e qual o valor das despesas fixas, aquelas que devem ser pagas todos os meses?
- Quais os principais itens de despesas variáveis, lazer, roupas?
- Muitas compras são feitas por impulso, ou seja, logo depois de comprar a pessoa percebe que não precisava daquele item?
Saber quanto ganha, como gasta e fazer um planejamento financeiro são os primeiros passos para acabar com a desorganização financeira.
Como fugir da desorganização financeira?
Para começar a sair do descontrole financeiro, anote quais são todas as suas receitas e qual o valor de cada uma delas. Neste item inclua salário, recebimento de aluguel, trabalhos de freelancer para ter uma renda extra, etc.
Depois analise como você tem gastado o seu dinheiro. Uma boa forma de realizar esta segunda etapa é observando atentamente seu extrato bancário e a fatura de seu cartão de crédito.
Alguns serviços de cartão já fazem uma avaliação inicial classificando seus gastos em grandes categorias como comida, saúde, lazer. Mas o ideal é que você faça isso detalhadamente para que consiga perceber o que pode ser mudado.
8 sintomas da falta de saúde financeira
Se você se identificou com alguns dos problemas apontados no texto até aqui, mas ainda não tem certeza se a desorganização financeira faz parte da sua vida, observe se você tem esses comportamentos:
- Gasta mais do que ganha todos os meses
- Entra no cheque especial com frequência
- Não paga a fatura completa do cartão de crédito
- Costuma pedir empréstimo com frequência
- Faz muitas compras parceladas
- Você não possui reserva de emergência
- Só pensa no curto prazo
- Seu score de crédito está baixo
1 – Gasta mais do que ganha todos os meses
Você sempre fica em dúvida sobre qual conta pagar porque o dinheiro que recebe não é suficiente para quitar todas elas. Você escolhe quais contas pagar e acaba acumulando dívidas.
2 – Entra no cheque especial com frequência
Quando você resolve pagar tudo o que deve no mês, sua conta no banco acaba ficando no vermelho porque você entra no cheque especial.
Isso gera uma ciclo porque no mês seguinte a renda novamente não será suficiente, parte já está comprometida com o pagamento do cheque especial (que costuma ter juros altos). Esse sintoma é uma consequência do anterior: você está gastando mais do que ganha.
3 – Não paga a fatura completa do cartão de crédito
Muitas vezes você precisa parcelar o gasto do cartão de crédito porque não teve dinheiro para quitá-lo. Assim você também paga juros altos e esse também é um indicativo de que você está gastando mais do que ganha.
4 – Costuma pedir empréstimo com frequência
Você já pediu empréstimos em bancos, em instituições financeiras de crédito, tem consignado descontado do seu salário e até seus familiares e amigos já foram alvo de pedidos de socorro. Esse é um forte indício de que sua saúde financeira está bastante ruim.
Veja também:
- Como pegar empréstimo para negativado liberado na hora
- 6 coisas para saber antes de pedir dinheiro emprestado e formas de conseguir
5 – Faz muitas compras parceladas
Você não compra nada com pagamento à vista porque raramente tem dinheiro para isso. Faz muitas compras parceladas e o valor final do que você adquiriu fica maior porque essa forma de pagamento possui incidência de juros.
Ou seja, você não consegue controlar bem suas finanças para ter dinheiro na mão e conseguir negociar melhor quando quer comprar algo.
6 – Você não possui reserva de emergência
Se você parasse de receber hoje toda a sua renda mensal (salários, aluguel, trabalhos de freelancer etc.), por quanto tempo você conseguiria se manter com o dinheiro que tem?
Se a sua resposta for menos de seis meses, então você não tem uma reserva de emergência e esse é mais um sinal de desorganização financeira.
7 – Só pensa no curto prazo
Se você só consegue dinheiro para o que precisa adquirir no mês ou no máximo nos próximos 12 meses. Você tem dificuldade de pensar no longo prazo, fazendo investimentos para sua aposentadoria, por exemplo.
8 – Seu score de crédito está baixo
Um último sintoma comum de problemas financeiros é um score baixo. Isso pode resultar de pagamentos em atraso, dívidas acumuladas ou histórico de crédito negativo.
Um baixo score de crédito pode dificultar a obtenção de empréstimos, financiamentos ou até mesmo aprovação para certos serviços, afetando sua capacidade de gerenciar sua vida financeira de forma eficaz.
6 dicas para começar a colocar as finanças em ordem
Organizar suas finanças é essencial para garantir estabilidade financeira. Liste suas fontes de renda e despesas mensais em um orçamento, estabeleça metas de economia, coloque restrições em gastos diários, evite despesas desnecessárias e fuja de novas dívidas.
Reserve uma parte do orçamento para despesas anuais e tenha uma reserva para emergências. Mantenha suas finanças pessoais e profissionais separadas e busque constantemente educação financeira para melhorar suas habilidades de gestão financeira.
Bem, já resumimos as principais dicas para colocar as finanças em ordem. Se depois de uma autoavaliação sincera você chegou à conclusão de que a desorganização financeira é a maneira como você se relaciona com seu dinheiro? Então chegou a hora de virar esse jogo.
Ter controle das suas contas não é uma missão impossível, basta ter vontade e disciplina para se manter no caminho. Separamos mais 6 dicas detalhadas para você colocar suas finanças em dia:
- Ter planejamento
- Programar sua rotina
- Ter metas para sua renda
- Tire seu nome da lista de negativados
- Guarde dinheiro
- Acompanhe conteúdos de educação financeira
1 – Ter planejamento
O passo inicial do planejamento é analisar suas contas, observando receitas e despesas, como falamos no início do texto.
Uma boa dica é colocar todas as suas contas em um único local. As faturas impressas podem ser reunidas em uma pasta ou gaveta e as anotações digitais todas em um arquivo. Assim você corre menos risco de esquecer alguma conta a pagar. Ou então reunir tudo em uma mesma pasta na sua nuvem, como no Drive do Google.
2 – Programar sua rotina
Além do planejamento de como gastar o dinheiro, é importante você programar sua rotina. Onde você fará suas refeições, por exemplo?
Se você se organizar para levar uma marmita ou um lanche de casa para o trabalho, evita gastos com comida na rua, geralmente mais caras do que o que você prepara em casa.
3 – Ter metas para sua renda
Outro passo importante para acabar com a desorganização financeira é ter metas para o seu dinheiro.
Suas metas precisam ser tangíveis, ou seja, você deve ser capaz de verificar se elas foram atingidas no período determinado. Não basta, por exemplo, definir que sua meta é “economizar dinheiro”.
Uma meta real deve conter valor e prazo: “vou economizar R$ 3 mil reais em seis meses”, por exemplo.
É importante também que suas metas sejam relevantes para você, porque se elas não tiverem um significado serão facilmente abandonadas.
Você deve ter metas de:
- Curto prazo (até um ano);
- Médio prazo (de dois a cinco anos);
- E longo prazo (mais de cinco anos).
E cada meta precisa ser dividida em várias pequenas atividades (como economizar R$500 ao mês para chegar à meta de R$3 mil em seis meses).
4 – Tire seu nome da lista de negativados
A quarta dica para não fazer mais parte do grupo da desorganização financeira é regularizar seu nome.
Se você tem dívidas, conte com empresas especializadas em negociação de dívidas, como a Acordo Certo, que é uma plataforma aqui da Consumidor Positivo. Veja como fazer:
- Acesse o site da Acordo Certo e digite seu CPF
- Caso seja a sua primeira vez no site, será necessário completar o cadastro e criar uma senha de acesso
- Pronto! Agora dentro da plataforma, confira as ofertas de negociação. Temos propostas com descontos até 99%!
- Aproveite para fazer o monitoramento do seu CPF gratuitamente e conferir quais empresas consultaram seu CPF
Ao negociar e parcelar uma dívida, é muito importante você observar qual valor cabe no seu bolso mensalmente para que você consiga honrar esse compromisso.
5 – Guarde dinheiro
Depois de organizar dívidas e quita-las, comece a guardar dinheiro para ter uma reserva de emergência.
Assim você evita se endividar novamente em situações imprevistas, como uma crise econômica que faça você perder seu emprego ou seus clientes caso você seja um autônomo ou empreendedor, ou mesmo no caso de uma doença.
Para quem é empregado CLT, a indicação é ter guardado pelo menos seis meses de seu custo de vida. Se você recebe R$5 mil de salário, deve ter R$30 mil investidos em uma aplicação de alta liquidez e de preferência com perfil conservador (para que você não perca dinheiro e consiga resgatá-lo facilmente se necessário).
No eventual caso de uma demissão você ainda tem benefícios a receber, como o seguro-desemprego, e o período de seis meses deve ser suficiente para sua recolocação no mercado.
Se você é autônomo ou empreendedor e sua receita está mais sujeita a variações que estão fora de seu controle, a indicação é ter guardado 12 meses de seu custo de vida.
Veja também:
- Como pedir seguro-desemprego: veja como calcular valores e dar entrada
- Calcule seu Saque Rescisão: Entenda o Que É
6 – Acompanhe conteúdos de educação financeira
Por fim, para ter mais saúde em suas finanças pessoais, conte com a ajuda de quem sabe administrar bem o dinheiro.
Leia sobre o assunto em sites e blogs de referência, assine canais no YouTube, baixe um aplicativo de organização financeira. Estar próximo do comportamento que almejamos é bom para ter os objetivos sempre em mente, visualizar bons exemplos e se manter atualizado.
Gostou do artigo? Então acesse o site da Consumidor Positivo e confira outros artigos sobre o assunto.
- NuScore: entenda como funciona e como ele impacta no seu score de crédito!
- Empréstimo pessoal online no carnê: como funciona e quais são as vantagens?
- Empréstimo fácil: aprenda a pedir e aumentar suas chances de aprovação
- Conheça o Match Positivo, o Comparador de Cartões Online da Consumidor Positivo
- Empréstimo na conta de água: descubra o que é e como funciona
FAQ: Perguntas frequentes
O que a falta de organização financeira pode causar?
A falta de organização financeira pode ter sérios impactos na saúde mental. O estresse gerado pelo endividamento crônico pode levar a problemas de saúde, tornando as pessoas mais sensíveis a impulsos de consumo e dificultando a economia no fim do mês, às vezes até comprometendo o pagamento das contas essenciais.
Quais as consequências de ter problemas financeiros?
Problemas financeiros podem causar preocupações persistentes, afetando significativamente a vida pessoal e profissional das pessoas. O estresse resultante pode prejudicar a concentração no trabalho, levando à ausência e atrasos. É essencial buscar orientação financeira e estabelecer prioridades para resolver os problemas financeiros que impactam o desempenho no trabalho, promovendo um ambiente mais saudável e produtivo.
O que causa a falta de dinheiro?
A falta de dinheiro pode desencadear uma série de consequências negativas para a saúde mental e emocional. Ansiedade (53%) e insônia (41%) são sintomas comuns associados à escassez financeira, segundo um estudo sobre ‘estresse financeiro’ no Brasil. Além disso, há relatos de depressão, dificuldades nos relacionamentos amorosos e familiares, e até impactos na saúde física decorrentes dessa situação. É fundamental buscar maneiras de melhorar a saúde financeira para mitigar esses efeitos adversos.
Quais as consequências da falta de dinheiro?
A escassez financeira não afeta apenas o bem-estar emocional e físico, mas também pode impactar significativamente a qualidade de vida e os relacionamentos. A preocupação constante com dinheiro pode gerar estresse crônico, prejudicando a saúde mental e dificultando o sono. Além disso, a falta de recursos financeiros pode limitar o acesso a cuidados médicos adequados e afetar negativamente o bem-estar geral. É fundamental buscar soluções financeiras para promover um estilo de vida mais equilibrado e saudável.